botanabateira

É, de facto, um enorme desafio, Teixeira. Todos nos recordamos, como adolescentes, do movimento intenso, não apenas religioso, que a Igreja da Gafanha da Nazaré (e as instituições a ela ligadas) motivavam na então Vila, nos anos 1970 e 1980. Tudo isso desapareceu. Sinal dos tempos? Não me parece... sempre me pareceu mais um sinal dos homens, cuja visão terminava nas paredes frias de uma igreja que foi ornamentada a ouro numa reconversão de gosto arquitectónico duvidoso (recuperar a linha antiga trouxe algo que é um híbrido incompreensível entre um antigo que se perdeu e um novo bacoco e "barroco"), mas que deixou as pessoas, na sua construção como cidadãos, abandonados a uma sorte estranha... a sorte dos tempos? Como recuperar deste traumático divórcio? Sinceramente, não sei, mas acho que vai ser preciso um trabalho gigantesco.